Causas Tratáveis de Perda de Memória: Um Guia da Dra. Erika Tavares, Neurologista em Jaraguá do Sul e Joinville
- Erika Tavares
- há 3 dias
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Você tem andado muito esquecido? Perde as chaves com frequência, esquece onde guardou uma peça de roupa? Pequenas falhas de memória se tornam cenas clássicas do cotidiano por sua repetição, podendo gerar grande impacto na vida de algumas pessoas.
Vários fatores influenciam direta e indiretamente o desempenho da memória. Nos consultórios de neurologia, apenas uma parte das queixas está realmente relacionada à falha da memória em si. É o caso do excesso de afazeres ou da escassez de horas de sono.
Nessas situações, a informação terá dificuldade em percorrer o trajeto necessário para ser adquirida, armazenada e lembrada quando solicitada. O mesmo ocorre na sobrecarga mental por estresse e em distúrbios como depressão e transtornos de ansiedade.
Demências: Reversíveis e Incuráveis
Entretanto, há as demências primárias, doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, o Parkinson, a Demência de Lewy e a Demência Frontotemporal, que cursam com declínio cognitivo progressivo e são incuráveis. Por outro lado, existem também as causas possivelmente reversíveis de demência, secundárias a deficiências nutricionais, alterações metabólicas, medicamentos, infecções e substâncias, como o álcool e as drogas.

Fatores de Risco Tratáveis para Perda de Memória

Vamos explorar algumas das causas tratáveis de perda de memória:
Ingestão Excessiva de Álcool: O consumo abusivo de bebida alcoólica danifica os neurônios, afetando funções como memória e aprendizagem, podendo levar à demência alcoólica.
Traumatismo Craniano: Dependendo do local e tamanho da lesão, o traumatismo craniano pode levar a um quadro demencial como sequela. É conhecido também o risco de desenvolvimento de demência em alguns esportes, como futebol americano e boxe, por favorecerem traumas, inclusive traumas repetidos, resultando na encefalopatia traumática crônica.
Menopausa e Alterações Hormonais: Na menopausa, a alteração hormonal típica desta fase está associada a transtornos que causam insônia, sintomas depressivos ou ansiosos, que por sua vez podem causar alteração de memória.
Deficiência de Vitamina B12 (Cianocobalamina): A deficiência de cianocobalamina, a vitamina B12, de extrema importância para o metabolismo celular dos neurônios, pode gerar déficit cognitivo e levar à demência. Ocorre tanto em jovens quanto em idosos, sendo comum em pacientes que se submeteram a cirurgia bariátrica, quem sofre de gastrite atrófica e adeptos do veganismo sem acompanhamento nutricional, pela baixa absorção da vitamina.
Hipotireoidismo: A disfunção da glândula tireoide, o hipotireoidismo, quando descompensado ou ainda não diagnosticado, pode levar a um quadro de déficit cognitivo pela redução do nível do hormônio tireoidiano, que atua em várias funções do corpo.
Neurossífilis: A sífilis ainda é uma doença endêmica no Brasil, e a forma de neurossífilis pode ter síndrome demencial como sintoma e até sequela. Sempre é incluída nos exames de investigação de memória.
Há quem tenha naturalmente maior ou menor facilidade para memorização, devido a questões constitucionais, inerentes à própria pessoa. Porém, é muito importante excluir causas reversíveis, visto que essas são tratáveis, e assim o quadro de declínio cognitivo pode ser revertido em parte ou totalmente. Se você ou alguém que você conhece está experimentando perda de memória, a Dra. Erika Tavares, neurologista em Jaraguá do Sul e Joinville, pode ajudar a identificar a causa e propor o melhor tratamento.

Preocupado com a perda de memória? Agende uma consulta com a Dra. Erika Tavares, neurologista em Jaraguá do Sul, e investigue as causas!
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