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Vício em açúcar: mito ou verdade?

Erika Tavares
18/05/20253 minutos de leitura
Dra. Erika Tavares, neurologista em Joinville, Jaraguá do Sul, Pomerode, Blumenau, Florianópolis. Saúde cerebral

Muitas pessoas dizem que não conseguem viver sem açúcar — e realmente sentem uma espécie de “dependência” por doces. Mas será que isso é um vício real? O que a ciência diz sobre os efeitos do açúcar no cérebro? Existe mesmo vício em açúcar, como acontece com drogas e álcool?

Açúcar e o sistema de recompensa cerebral

O sistema de recompensa é um circuito cerebral que nos dá sensações de prazer e satisfação. Ele é ativado quando temos experiências positivas: saborear um doce, ouvir uma música agradável, ou até ter uma boa lembrança. Nesses momentos, há aumento da dopamina, o neurotransmissor que nos faz sentir bem.

Algumas substâncias (como nicotina, álcool e drogas ilícitas) atuam diretamente nesse sistema, gerando uma dependência química. Já o açúcar, embora também cause prazer, não tem evidência científica que comprove capacidade de gerar vício nos moldes tradicionais.

O que dizem os estudos sobre vício em açúcar?

Um estudo realizado por Jastreboff et al. (2016) avaliou, por meio de ressonância magnética funcional, como o cérebro de adolescentes responde à ingestão de glicose. O resultado mostrou ativação das áreas relacionadas ao prazer e controle executivo (sistema límbico e córtex pré-frontal).

No entanto, mesmo com essa ativação cerebral, os dados não comprovam que o açúcar cause dependência bioquímica, como acontece com drogas. Ou seja: não há evidência científica que classifique o açúcar como uma substância viciante.

Compulsão alimentar: o verdadeiro risco

Apesar de não haver vício bioquímico confirmado, o consumo excessivo de açúcar pode estar associado a um comportamento disfuncional, como o transtorno de compulsão alimentar. Isso ocorre quando:

  • A pessoa come em excesso para aliviar estresse, tristeza ou ansiedade
  • Há perda de controle sobre a quantidade consumida
  • O comportamento se repete de forma frequente

Esse padrão é similar a outros comportamentos compulsivos, como vício em jogos, sexo, compras ou internet.

Açúcar e saúde cerebral: atenção aos excessos

Embora o açúcar não seja considerado uma droga viciante, seu consumo em excesso pode prejudicar o cérebro e o corpo:

  • Aumenta o risco de obesidade, diabetes, hipertensão e AVC
  • Pode influenciar negativamente no humor e cognição
  • Prejudica a qualidade do sono e a memória em longo prazo

Por isso, é fundamental adotar uma alimentação equilibrada e nutritiva, rica em frutas, vegetais, fibras e proteínas — essencial para a saúde física, mental e cognitiva.

Se você sente que perdeu o controle sobre o consumo de doces ou sente necessidade constante de comer açúcar, pode ser o momento de buscar ajuda profissional. Em Jaraguá do Sul, a avaliação com um neurologista pode ajudar a entender como está o funcionamento cerebral e se há sinais de compulsão alimentar ou alterações emocionais envolvidas.

Dra. Erika Tavares, neurologista em Joinville, Jaraguá do Sul, Pomerode, Blumenau, Florianópolis. Saúde cerebral

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